18 dezembro 2007

[do ano que se acaba - 2]


Eu viajei muito esse ano, principalmente para os meus padrões. Logo no comecinho do ano, em março, ganhei de presente uma viagem para São Paulo. Afinal, mesmo que fosse à trabalho, nada me convence que viajar com tudo de graça pode ser trabalhoso de alguma forma.


Viagem rápida, de apenas um dia, mas suficiente para eu perceber o pandemônio organizado em que a cidade se assenta. Gente, muita gente, de todos os tipos e eu, errante pela Avenida Paulista, olhando para tudo como um bobo enamorado. Adorei São Paulo, mesmo decidindo que sua frieza é algo assustador.


Depois, outro rito de passagem. Na Semana Santa segui rumo à Fortaleza (após um acidente de carro que me privou forevá de dirigir tranquilamente na chuva), para meu último encontro de estudantes. De novo, lá estava eu, no meio de um bando de gente jovem, bonita, legal (ui), discutindo (ou não) essa tal comunicação que a gente tanto quer mudar.


Meu último Erecom me levou a perceber que, não adianta, a vida universitária é uma época curta demais. Tem gente demais parecida com você no mundo, na ótica do curso que a gente escolhe servindo como filtro e é nos encontros que isso aparece de forma mais real.


Só num Erecom da vida você pode retornar para o alojamento dentro do carro que levou a comida, conversando com uma moça super interessante do Rio Grande do Norte, enquanto come sua quentinha com a mão e segura a porta do carro, que é presa com uma corda. Só em um encontro você fica em frente ao palco dançando coreografias sem sentido, simplesmente porque é bom.


Só num encontro de estudantes de comunicação você passeia na rua de saia e não vê problema algum nos olhares diversos das pessoas que acompanham esse seu fetiche político. E só um encontro é capaz de fazer com que percebamos o quanto nosso curso é feito de pessoas e não de conteúdos, sendo elas, antes de tudo, a razão que deve te fazer seguir em frente (já disse que o texto pede um tom solene).


Fortaleza fechou bem essa minha vida de metido a estudante engajado. Apesar de ter me aventurado pelo movimento estudantil, percebi que tenho mais jeito para a ação e o plano das idéias ainda é o que predomina. Se esse não foi o motivo principal do meu abandono da organização do próximo encontro, certeza foi um bem forte.


Depois, mais pro fim do ano, voltei à Fortaleza, dessa vez em uma viagem em família, algo que não acontecia há muito tempo. Sempre tinha um problema que impedia de todos possuírem tempo, mas dessa vez tudo deu certinho. E, em uma viagem em que eu fiz praticamente nada, me diverti como há muito eu não conseguia.


O dia inteiro na praia, piscina ao chegar, comida de muito, rede e uma brisa que não cessava um instante. Três dias de sossego intenso, na companhia de Eduardo e cia. Acho que era preparação. O mesmo mês de outubro me levou de volta a Sampa, só que dessa vez nada de trabalho. Num golpe da sorte que ainda hoje eu fico sem acreditar, eu fui para o Tim Festival. Bom, dele eu já falei e muito, em um texto anterior. Deixo para continuar mais tarde... ainda tem muita coisa desse anozinho tinhoso.


4 comentários:

Anônimo disse...

Eita, e de onde era essa moça interessante do Rio Grande do Norte? Se for da UERN, devo conhecer... =)
É bom viajar. Pra mim só é ruim arrumar a bagagem e desarrumá-la depois do retorno; seria perfeito se toda viagem já fosse assim "ai, vou viajar"... PLUFT!, "ai, cheguei".. rssrs
As viagens que já fiz para congressos e talz, não foram muito felizes, daí que concluí que não vale tanto a pena, academicamente falando =/
Mas eh sempre ótimo conhecer gente nova! Os solteiros que o digam! Rsrsrrs

=*

Biani Luna disse...

Com mochila nas costas e viagens na cabeça, é bom demais =)
Tu foi pro Tim Festival? hahaha, eu boto feh. bjjjj

maria clara disse...

doido.
nem precisava escrever tudo isso...
bastava colocar: eu fui pro tim festival.

photographie disse...

você escreve que é um espetáculo!